O engenheiro Luiz Antonio Figueiredo, instrutor de Controle Dimensional da Cetre, explica que o profissional especializado em caldeiraria e tubulação precisa ter em mente que o conhecimento e a interpretação de fatores metrológicos podem influenciar no resultado de operações de medição, aumentar a garantia da segurança e da qualidade operacional de instrumentos e equipamentos industriais.

Um inspetor dimensional deve também conhecer muito bem o maior motivo que o leva ser tão exigente - "o erro". “Na metrologia dizemos que não existe medição  100% exata, isto é um fato. Por isso, a metrologia leva em conta a tolerância do erro. Portanto, medir, significa verificar se os resultados dos mensurandos que compõem o desenho ou os desenhos de um protótipo ou objeto, estão dentro das tolerâncias máximas e mínimas admitidas. O inspetor deve, acima de tudo, entender que em muitas situações de inspeção, o bom senso se fará tão necessário quanto à sua técnica”, explica Luiz que completa: “Seria muito importante que houvesse um aumento da conscientização dos inspetores a respeito da qualidade da medição, a qual deveria sempre estar acompanhada das incertezas que levam a propagação do erro.”

Ou seja, a procura constante da melhor execução dos conceitos teóricos relativos aos erros e as incertezas de medição, ao entendimento correto sobre a precisão, exatidão e as tolerâncias aplicadas ao controle dimensional, garantirá a confiabilidade metrológica necessária nos resultados, proporcionado vantagens como garantia da rastreabilidade; redução das variações das especificações técnicas; prevenção de defeitos em equipamentos e segurança da reprodutibilidade.